Luiz Marenco Luiz Marenco - Cruzando Na Villa Ansina

Quando a noite me surpreende cruzando na Villa Ansina
Da ventana sem cortina, recende o cheiro da farra
E uma inquietude me agarra entre fumaça e neblina
E uma inquietude me agarra entre fumaça e neblina

Sujeito minha Douradilha, troco meu pala de braço
Me apeio ao som de um gaitaço na encruzilhada da vila
E o mulherio se perfila na sala campeando espaço
E o mulherio se perfila na sala campeando espaço

A cordeona três ilheira', por gaviona, corcoveia
Num ranchito de fronteira quinchado de Lua cheia
Alço liso e fundo branco pra clarear o pensamento
E o baile acende no tranco de um chamarrão pacholento
E o baile acende no tranco de um chamarrão pacholento

A noite se para pouca depois que armo o mundéu
Brilha um pedaço de céu no olhar de cada morocha
Que bailam de rédea frouxa no aperto desse escarcéu
Que bailam de rédea frouxa no aperto desse escarcéu

Hace tiempos, Villa Ansina, que tu me corta o caminho
Pra quem vagueia sozinho, é o templo da perdição
Onde deixo o coração enredado num carinho
Onde deixo o coração enredado num carinho

A cordeona três ilheira', por gaviona, corcoveia
Num ranchito de fronteira quinchado de Lua cheia
Alço liso e fundo branco pra clarear o pensamento
E o baile acende no tranco de um chamarrão pacholento
E o baile acende no tranco de um chamarrão pacholento