No coração do povoado
Rodeado de um entardecer
Buscava, de olhos largos
Alguma imagem do pago
Pueblito do meu querer
Quando uma porta entreaberta
Por quieta, adormecia
Junto à vidraça quebrada
De alma e boca cerrada
Velava um final de dia
Ah! Por curiosa mirada
Peleava a alma inteira
Ranchito de cruz pra esquina
Um duende guardava a sina
No fole de uma três ilheiras
Enfeitiçada cordeona, chorona, escondia um dizer
Tenho enbrujos de fronteira e uma alma musiqueira
Possuída de um chamamé
E, num toque repicado, de um passado, veio ao presente
Foi feitiço de uma China, por certo, a guaina mais linda
Que já andou por Corrientes
Anda aqui aprisionado
Culpado por não querer
O ranchito desta China
Pra andar nas pulperias
Nas notas de um chamamé
Me fiz duende musiqueiro
Fronteiro por mais querer
No fole, tá adormecido
Mas toca junto comigo
Quando arpejo um chamamé
Anda aqui aprisionado
Culpado por não querer
O ranchito desta China
Pra andar nas pulperias
Nas notas de um chamamé
Me fiz duende musiqueiro
Fronteiro por mais querer
No fole, tá adormecido
Mas toca junto comigo
Quando arpejo um chamamé