Luiz Marenco Luiz Marenco - O Tempo Moço

Hoje, o tempo moço me chamou e eu vim
Por esta lembrança que pensei ser minha
E refiz meus planos, repassei meus erros
E voltei pra dentro da minha vidinha
Da minha vidinha

Adocei amargos que provei nos mates
Nos muitos olhares que enxerguei no mundo
Busquei água boa na mesma cacimba
Mas sujei a água remexendo o fundo

Reli mil palavras que sonharam versos
E encontrei saudades que nem mais lembrava
Deste tempo moço de ilusões e ventos
Que já nem me lembro que lado soprava

Visitei amigos que guardei na alma
No lugar mais terno que pensei guardá-los
Me perdi de muitos, outros foram embora
Encilharam nuvens, rumos e cavalos

Visitei amigos que guardei na alma
No lugar mais terno que pensei guardá-los
Me perdi de muitos, outros foram embora
Encilharam nuvens, rumos e cavalos
Encilharam nuvens, rumos e cavalos

Avistei distante meus primeiros rastros
Nesta estrada larga que elegi por rumo
Pensei novamente naquilo que eu disse
Que as coisas que posso, eu mudo ou arrumo
Eu mudo ou arrumo

E, talvez, por isso que, hoje, me dou conta
Que sou verdadeiro naquilo que fiz
Sempre fui de alma e coração aberto
Descobrindo, aos poucos, como ser feliz

Aprendi valores que ninguém me compra
Escutei silêncios mateando com amigos
Entendi que a vida é bem mais que um tempo
E que meu tempo moço há de ser antigo

Visitei amigos que guardei na alma
No lugar mais terno que pensei guardá-los
Me perdi de muitos, outros foram embora
Encilharam nuvens, rumos e cavalos

Visitei amigos que guardei na alma
No lugar mais terno que pensei guardá-los
Me perdi de muitos, outros foram embora
Encilharam nuvens, rumos e cavalos
Encilharam nuvens, rumos e cavalos