Luiz Marenco Luiz Marenco - Pachola

Tapeio o chapéu pra trás e o olhar busca distância
Se o mundo tem arrogâncias, lhe encho de sofrenaços
Só paro onde sobra espaço, mas, se o caminho me atrai
Nem pergunto pra onde vai, meu rumo, eu mesmo que faço

O horizonte é o limite do mapa que eu mesmo fiz
Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país
O horizonte é o limite do mapa que eu mesmo fiz
Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país

Não tenho morada certa, pois quem para cria limo
Se a China me faz mimo, recebe eitos de amor
Ninguém me deve favor, pois uma mão lava a outra
Ando ajojado na potra, seja lá pra onde eu for

O horizonte é o limite do mapa que eu mesmo fiz
Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país
O horizonte é o limite do mapa que eu mesmo fiz
Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país

Gosto de viver de changa, serviço sempre me sobra
À espinha, ninguém me dobra, pois não tenho dobradiça
E também não sou linguiça pra viver de pendurado
Por isso, não compro a fiado, quem não pode, não cobiça

O horizonte é o limite do mapa que eu mesmo fiz
Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país
O horizonte é o limite do mapa que eu mesmo fiz
Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país

Eu nem sei se sou feliz, e também não me interessa
Que não corre, não tropeça, mas sempre chega atrasado
E, como diz o ditado, boi lerdo bebe água suja
Tomo sopa de coruja quando me encontro enfastiado

O horizonte é o limite do mapa que eu mesmo fiz
Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país
O horizonte é o limite do mapa que eu mesmo fiz
Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país
Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país
Meu mundo não tem porteiras, nem fronteiras meu país