Luiz Marenco Luiz Marenco - Tarico Sanchez

Ali na beira do rio
Ao trote, um gaucho de allá
Costeando o povoado antigo
Bombeia o lado de cá

Se Ilama Tarico Sanchez
Caté que habla en avá
Tiene un ranchito en la costa
Y una linda e dulce cuñá

Sus hermanos son su perro
Su caballo y el chajá
Sua chinoca e sua guitarra
E um galito batará

Su voz de selva dormida
Tiene una magia ipú porã
Se aninha na sua guitarra
Soltando um feitiço avá

Sua voz de selva dormida
Com lume de boitatá
Destila aromas de campo
Com flor de m'burucuya

Tarico Sanchez, paisano
O vento manda pra cá
O gosto índio do teu canto
Querido hermano cambá

Em cada bolicho, paisano
A alma da terra, solta, andará
Nesse teu canto chamamecero
Silvo de estero, uivo de guará

Lua bugra que alumbra sonhos
Vento pampeiro, malva e araçá
A calhandra Moura que vive em ti
Em cada tardem se acordará

Voam beija-flores quando te escutam
O caburé e até o biguá
E a pátria gaucha, mitos e amores
Em tua garganta, cantando está

Por isso, Tarico, com tua prenda
Com teu cavalo, teu batará
Em cada tarde, na voz do vento
Teu canto índio passa pra cá

A noite, o vento e a lua
E eu não sei porquê será
Se aninham na sua guitarra
Soltando um feitiço avá

Sua voz de selva dormida
Com lume de boitatá
Destila aromas de campo
Com flor de m'burucuya

Tarico Sanchez, paisano
O vento manda pra cá
O gosto índio do teu canto
Querido hermano cambá

Em cada bolicho, paisano
A alma da terra, solta, andará
Nesse teu canto chamamecero
Silvo de estero, uivo de guará

Tarico Sanchez, chamigo
O vento manda pra cá
O gosto do índio do teu canto
Querido hermano de allá

Allá en la orilla del río
Al trotecito se va
Costeando el pueblito chico
Un corrientino cambá

Se llama Tarico Sanchez
Caté que habla en avá
Tiene un ranchito en la costa
Y una linda e dulce cuñá

Sus hermanos son su perro
Su caballo y el chajá
Su guainita y su guitarra
Pa cantar ñanderetá

En la noche, el viento y la luna
Aniña en su m'baracá
Latido de pasto y agua
Y embrujo de la iberá

Su voz de selva dormida
Tiene una magia ipú porã
Y un soplo de viejas polkas
Con un acento paraguayguá